A praia de Ponta Negra em Paraty é uma das diversas praias paradisíacas da Reserva Ecológica Estadual da Juatinga, em Paraty. Lá vive uma comunidade de pescadores que tiram seu sustento, principalmente, do turismo.
Durante uma semaninha de folga eu resolvi tirar uns dias para ir a mais um lugar que eu tinha vontade de visitar. Como eu já conhecia a Praia do Sono, que fica do lado, resolvi visitar Ponta Negra e vou te contar o que fiz em 4 dias por lá.
Leia esse post até o final pois tem informações e dicas incríveis. Vem comigo?
Se estiver de carro, desça a Rodovia Rio-Santos, na direção de Ubatuba, pegue a estrada que leva a Trindade e siga as placas sentido Praia do Sono ou Condomínio Laranjeiras.
Próximo desse condomínio de luxo é possível estacionar com custos por volta de R$ 25,00 a diária (depende da época do ano). Só é possível chegar às praias de trilha ou barco.
Fomos de ônibus desde São Paulo. Era necessário ir até a Rodoviária de Paraty e de lá pegar um ônibus municipal com destino a Vila Oratório (R$ 5,00 em jan/2020). No ponto final do ônibus já é a entrada da trilha para a Praia do Sono.
Tomamos um café na padaria que tem ali em frente e, conversando com algumas pessoas, recebemos o convite de ir de van até o píer do Condomínio Laranjeiras (a pé é proibido), onde tem barcos que levam até a praia de Ponta Negra.
De início, até pensamos em ir de trilha até a Praia do Sono, ficar em algum camping ou pousada e durante a viagem ir visitando praias próximas que ainda não conhecíamos. Mas resolvemos mudar os planos, aceitar e ficar em Ponta Negra para, de lá, fazer as trilhas para as outras praias.
A van é gratuita e o barco custou R$ 40,00 por pessoa do píer até Ponta Negra.
Chegando lá, os próprios barqueiros perguntaram se já tínhamos lugar para ficar, dissemos que não e um deles nos mostrou um mini sobradinho azul com vista para a praia que estava vazio e que poderíamos nos hospedar.
Pagamos R$ 700,00 para 3 pessoas por 4 dias e meio. Eu achei caro para uma viagem econômica, mas dessa vez resolvemos investir e valeu a pena.
Veja também: Opções de hospedagem em Ponta Negra
Se você está com orçamento apertado, vale a pena pechinchar. Lá também tem camping. Converse com os moradores.
Almoçamos e passamos o dia em Ponta Negra mesmo, afinal é uma praia linda também.
Mais tarde, compramos alimentos em umas das vendinhas da praia. Ali eles têm toda a estrutura pois existe uma comunidade inteira de barqueiros e pescadores com suas famílias vivendo lá.
Preparamos um café da manhã reforçado para fazer nossa primeira trilha. A vista do sobradinho azul é espetacular.
Terminando de comer, partimos para a trilha. Passando pelo meio das casas, vimos uma placa indicando as trilhas e os destinos acessíveis por elas.
Escolhemos começar leve, indo até uma praia pertinho. A trilha é sensacional!
Por fim, chegamos à Praia das Galhetas, que também é deslumbrante! Passamos quase a tarde toda nessa praia e decidimos voltar antes do final da tarde, pois estávamos planejando uma trilha mais pesada para o dia seguinte. Lembrando que a trilha tem cerca de 1 km ida e 1 km volta.
Saímos cedinho para nosso próximo destino. No dia anterior, olhando a placa, já tínhamos escolhido: Trilha para a Praia de Martim de Sá (11,6 km) que passa pela Comunidade da Praia de Cairuçu das Pedras (6,5 km).
Andamos muito, por muito tempo, mais de 3 horas caminhando até que avistamos outra placa que apontava para Cairuçu das Pedras.
Como dali não dava para ver nenhuma paisagem e queríamos chegar logo em Martim de Sá para aproveitar, resolvemos não dar importância para Cairuçu e continuamos na trilha, o que foi um grande erro e você vai entender o motivo.
Acabamos nos confundindo e entrando num caminho que já não era mais a trilha. Percebemos o erro depois de quase uma hora, pois estávamos cada vez subindo mais o morro, o que não é normal quando se quer achar praia.
Resolvemos voltar tudo até reencontrar a placa de Cairuçu. Já com fome pois passava a hora do almoço, resolvemos entrar na comunidade para ver o que encontraríamos.
Trilha vai, trilha vem, ninguém a vista para perguntar se estávamos no caminho certo, até que avistamos algumas casinhas simples. Famílias moravam ali. Nos disseram que estávamos no caminho certo para a comunidade e nos apontaram o caminho.
Pouco tempo depois, uma vista de tirar o fôlego:
Avistamos uma praia paradisíaca e toda a irritação por ter se perdido na mata passou. A praia é bem residencial e pequena, assim como Ponta Negra.
Ali os moradores também ganhavam seu sustento levando os turistas de barco de uma praia para outra e nos ofereceram o serviço caso precisássemos.
Nós levamos o nosso almoço. Nem sei se lá eles fazem para vender. Se preferir não levar comida pronta para as trilhas, pergunte tudo em Ponta Negra. Ficamos quase 2 horas por lá, mas ainda não era suficiente. Nós queríamos conhecer Martim de Sá.
Resolvemos pedir para o barqueiro nos deixar lá. Custou R$ 20,00 por pessoa. Em menos de 15 minutos, chegamos!
Martim de Sá é uma praia linda, bastante longa, de areia bem clara e fininha. No dia o mar estava calmo, mas os surfistas costumam adorá-la por causa das ondas altas.
Às 16:00, resolvemos pegar o barco de volta para Cairuçu das Pedras e de lá pegamos a trilha de volta para Ponta Negra.
Como já sabíamos o caminho e era necessário chegar antes de escurecer, apertamos o passo e fizemos os cerca de 6,5 km bem mais rápido que a ida.
Tivemos bastante vontade de fazer a trilha para a Cachoeira do Saco Bravo, mas o clima ameaçava chuva no final da tarde e, como Saco Bravo tem uma trilha pesada e descida um pouco íngreme, decidimos mudar os planos. Esse ficou para a próxima.
No último dia resolvemos conhecer outra praia mais próxima de Ponta Negra: a Praia de Antiguinhos. Mas antes, café da manhã reforçado no bar da Caxuxa.
Barriga cheia, hora de partir em caminhada. Foram pouco mais de 2 km até a Praia de Antiguinhos.
Outra linda praia onde aproveitamos o dia todo. Antes do final da tarde voltamos para Ponta Negra. Foi nossa última noite e aproveitamos para descansar pois no dia seguinte após do almoço iríamos embora.
No dia seguinte, chegada a hora de partir, fizemos nosso último almoço na nossa cozinha do sobradinho azul.
Pegamos o barco para voltar ao píer do Condomínio Laranjeiras e pagamos R$ 40,00 por pessoa. De lá a van levou até o ponto de ônibus. Do ponto pegamos o ônibus municipal de volta para a rodoviária de Paraty, onde embarcaríamos de volta para São Paulo.
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Adorei as dicas.
Agora deu vontade de conhecer! Adoro a Costa verde...
Que irado esse post. Dicas excelentes!
Que vontade de sentir a natureza!!!
Nem me fala!! Saudades praia!
Nosssssa, adorei!!! Uma dúvida, rola almoçar na praia, tem restaurantes em Ponta Negra?