Budapeste sempre povoou meu imaginário e estava, desde sempre, na minha lista de lugares para conhecer um dia! Se, assim como eu, você pensa em conhecer a cidade, compartilho aqui minhas dicas e impressões sobre esse lugar encantador. Se nunca pensou em conhecer Budapeste, que este post seja um convite para mudar de ideia e pensar na possibilidade de incluir a capital húngara no seu roteiro pelo leste europeu.
Minha visita à cidade durou três dias e foi da maneira mais “slow motion” possível. Como conhecer a cidade era um sonho antigo, decidi aproveitar cada canto da maneira mais tranquila possível, sem fazer “maraturismo” (maratona de turismo).
Pontos turísticos de Budapeste
Budapeste é extremamente agradável e com diversas atrações turísticas, a beleza encantadora da cidade me fez ter a impressão de estar caminhando dentro de um cartão postal. A cidade é dividida em duas partes:
Buda e Peste, a divisão fica por conta do Rio Danúbio que corta a cidade. Em ambos os lados há lugares que valem a pena serem visitados.
Basílica de Santo Estevão
Meu passeio começou pela Basílica de Santo Estevão, que é a maior igreja da Hungria e uma das mais lindas que já tive oportunidade de conhecer. No interior da Basílica está a mão mumificada do Rei Estevão I, uma relíquia para os católicos da Hungria. É possível visitar a cúpula da igreja, de onde se tem uma vista incrível da cidade, tanto da parte de Buda, quanto de Peste. A subida pode ser feita através de elevadores ou escadas, se optar pela segunda opção, prepare as pernocas! Para a entrada na Basílica a contribuição é voluntária e para subir até a cúpula é necessário pagar. Mas não preciso nem dizer que super vale a pena, né?
Sinagoga de Budapeste
É a maior Sinagoga da Europa, um lugar com uma arquitetura fascinante e que merece ser visitado. Além da Sinagoga propriamente dita, no local também é possível visitar o museu que retrata a história dos judeus na cidade. A parte triste da visita é que nos jardins da Sinagoga estão enterrados muitos judeus mortos durante a 2ª Guerra Mundial. Apesar da tristeza envolta, vale a pena a visita, tanto pela história, quanto pela arquitetura do local. A entrada custa em média 3.000 HUF, o que equivale a aproximadamente 10 Euros.
Parlamento de Budapeste
O Parlamento é o maior edifício da Hungria, o segundo maior parlamento da Europa, atrás apenas do Parlamento Londrino, e uma das construções mais impressionantes que já visitei. O interior do edifício só pode ser conhecido através de visita guiada, a qual está disponível em diversos idiomas. As entradas para as visitas em inglês e espanhol costumam ser as primeiras a acabar. Caso tenha poucos dias para visitar a cidade e queira garantir as entradas para esses dois idiomas, sugiro que as adquira com antecedência através do site: http://www.jegymester.hu/eng/Index . Eu, ao contrário de minha recomendação, não comprei com antecedência e me restou fazer a visita em Russo! Apesar de não compreender uma só palavra, eu não poderia deixar de conhecer o interior do parlamento. 😉
Vaci Utca
Vale a pena uma caminhada pela Rua Vaci, uma das ruas mais famosas da cidade e repleta de lojas, a maioria das lojas de departamento mais famosas estão por lá, além de diversas lojinhas de souvenir e restaurantes que oferecem menus com comidas típicas.
Mercado Central de Budapeste
Ao final da Vaci Utca está localizado o Mercado Central de Budapeste, outro lugar imperdível na cidade. O local é ideal para experimentar alguns pratos típicos da Hungria e para comprar lembrancinhas. Recomendo reservar um dia para almoçar no mercado e saborear as delícias húngaras por lá.
Castelo de Buda
O Castelo está localizado na parte Buda e para chegar até lá é possível pegar um funicular que, além de facilitar a subida até o local, proporciona uma vista linda da parte oposta da cidade. Como subi para ver o entardecer e o acender das luzes da cidade, quando cheguei o castelo já estava fechado para visitação e não foi possível visitá-lo.
Termas Széchenyi
Budapeste possui o maior sistema de águas termais do mundo e é famosa por suas piscinas de águas quentinhas. Eu escolhi conhecer a Szécheyni, que é uma das mais famosas da cidade e pode ser facilmente acessada pela Linha 1 do metrô (Linha Amarela). Reserve um dia para relaxar nas piscinas de águas termais da cidade, no local é possível fazer massagens relaxantes também (cobradas à parte). É necessário pagar para visitar a terma, os preços estão disponíveis no site da Szécheyni. Nas termas também costumam ter festas badaladíssimas à noite. 😉
Colina de Gellért
Do alto da colina é possível apreciar uma das melhores vistas da cidade. Prepare-se para uma boa caminhada morro à cima, no decorrer do caminho, pare para apreciar as vistas que cada ponto proporciona. No alto da Colina está a estátua da Liberdade de Budapeste e a Citadella, que é uma espécie de forte utilizado na época do império e na Segunda Guerra Mundial. Lá em cima também tem algumas lojinhas que vendem comidas típicas da cidade e souvenir. Eu escolhi ver o segundo entardecer em Budapeste lá de cima e não me arrependi da caminhada para chegar até lá.
Rio Danúbio
O Rio Danúbio que corta a cidade e a divide em Buda e Peste é um charme à parte. É possível fazer um passeio de barco por suas águas e apreciar as belas pontes e as vistas da cidade. Fica a dica também para visitar uma das pontes à noite, com as luzes acessas, as construções ficam ainda mais deslumbrantes quando refletidas no Danúbio. Eu optei por visitar a Ponte das Correntes durante a noite, dela se tem uma vista privilegiada do Castelo de Buda.
Hospedagem em Budapeste
A cidade oferece diversas opções de hospedagem, para todos os bolsos e gostos. Utilizei o booking.com para fazer minha reserva e optei pelo Hostel B my Bed, localizado próximo à Basílica de Santo Estevão, nas proximidades há várias casas de câmbio e locais para comer.
Transporte em Budapeste
Me hospedei em uma área de fácil acesso aos principais pontos turísticos da cidade (próximo à Basílica de Santo Estevão), o que facilitou bastante meu deslocamento. Conheci a maioria dos lugares a pé, utilizei metrô apenas para ir às piscinas de água termais, o que não deixou de ser um passeio turístico também, pois a linha amarela do metrô (a que leva até as termas) é a mais antiga do continente europeu, sua inauguração data de 1896 e foi declarada Patrimônio da Humanidade em 2002, pela Unesco. Para ir do aeroporto para o hostel, optei por contratar previamente um transfer, tendo em vista que cheguei na cidade de madrugada.
Gastronomia
Optei por experimentar alguns dos principais pratos típicos da cidade, um deles é a Sopa Goulash, um caldo de carne com verduras bastante consumido na cidade, é possível encontrá-la na maioria dos restaurantes, principalmente naqueles que oferecem opção de menu.
Na refeição que fiz no Mercado Central experimentei o Langós que é uma massa que está entre uma pizza e um pastel, na qual colocam complementos doces ou salgados.
Para provar as delicinhas húngaras para o café da manhã, recomendo a rede Cserpes Tejivó que remete aos antigos “bares de leite” da época do comunismo no país, os quais vendiam basicamente leite para a população, mas o Cserpes Tejivó vai além e oferece delícias típicas da Hungria para o café da manhã ou pequenas refeições.
Recomendo o Pogácsa (que é uma espécie de pão de queijo húngaro) e o Kakaós Csiga (um rolinho de massa de pão, com chocolate). Sem contar que os leites e iogurtes também são uma tentação à parte. São quatro lojas da rede em Budapeste. Todos os produtos estão identificados com nomes em húngaro e inglês na vitrine e os fofos dos atendentes falam inglês.
Na mesma rua da Basílica de Santo Estevão, está localizada a Gelarto Rosa, uma sorveteria fofa que vende sorvetes em forma de flor. Além de lindos, os sorvetes são deliciosos. Costuma ter uma filinha na porta, mas vale a pena a espera!
Idioma
Chico Buarque, em seu romance Budapeste, utilizou um ditado húngaro que diz que “o Húngaro é a única língua que o diabo respeita”. E eu não duvido nada, Chico! A língua oficial da Hungria é, de fato, muito difícil de ser compreendida ou pronunciada. Mas não se preocupe, a maioria das pessoas falam inglês, além de serem, no geral, muito simpáticas, o que torna mais fácil a comunicação por lá.
Moeda da Hungria
No geral, Budapeste tem um custo de vida bastante baixo, principalmente se comparado a outras capitais europeias. A moeda local é Forint Húngaro (HUF) e há casas de câmbio espalhadas por toda a cidade. Vale ressaltar que 1 euro vale aproximadamente 300 HUF.
Quando ir a Budapeste?
Como em toda a Europa, entre dezembro e fevereiro são os meses mais frios, onde tem chuva, neve e temperaturas bem baixas. A partir de março a temperatura começa a ficar mais agradável e entre março e abril ainda rola o maior evento cultural da Hungria: o Festival da Primavera. Para quem curte um calorzinho, entre junho e agosto é o paraíso. Essa época do ano também a mais cara de visitar Budapeste. Planejar a viagem com antecedência é uma ótima dica para quem quer economizar!
É muito fácil morrer de amores por Budapeste, por sua cultura, história, culinária e por sua gente agradável e simpática. Minha visita à cidade só veio confirmar o encantamento que a capital húngara despertava em mim desde antes de conhecê-la. Espero que as dicas ajudem e tornem sua visita a Budapeste ainda mais prazerosa. Eu viajo assim, e você?