Quem me acompanha no Instagram (@prefiroviajar) sabe que eu fiz uma viagem low cost de 12 dias pelo norte da Índia em parceria com à agência Maktub Travel, minha parceira também do Egito. Foi uma viagem super enriquecedora e, a seguir, tem mais um roteiro completão para te ajudar no planejamento da sua viagem!
Lembrando que todos os meus leitores tem 50 dólares de desconto nas viagens para a Índia da Maktub Travel, só dizer que conheceu a empresa através do blog!
Sobre a viagem da Índia pelo norte da Índia
Como é viajar para Índia? Para muitas pessoas essa é uma viagem de amor e ódio. Ou o viajante ama ou ele odeia e isso me deu um pouco de medo. As diferenças culturais e sociais são MUITO grandes.
O modo de pensar, o modo de se vestir, a religião, a gastronomia, enfim, confesso que fiquei bastante segura em viajar com o grupo da Maktub Travel e de ter um guia indiano me acompanhando o tempo inteiro.
Durante os 12 dias de viagem, eu visitei Delhi, Agra, Fathepur Sikri, Jaipur, Varanasi, Rishikesh e Haridwar e ainda aproveitei para curtir o famoso Holi Festival, uma das comemorações mais importantes da Índia.
A seguir, estão algumas informações importantes para você saber na hora de planejar a sua viagem:
Religião: hinduísmo, islamismo, budismo, o jainismo e o sikhismo
Política: Parlamentarismo com duração de 5 anos
Idioma: Hindi e Inglês (existem um total de 22 línguas oficiais)
População: 1.352.642.280
Moeda: Rúpia
Fuso horário: +9:30
Câmbio: 1 dólar = 71 rúpias
Sobre o Holi Festival
Uma das épocas mais legais para viajar para a Índia é durante o Holi Festival, o famoso festival das cores. Esse ano, o festival aconteceu entre os dias 9 e 10 de março, mas a data sempre varia, tudo depende do dia em que a primavera irá iniciar.
O festival acontece há muito anos, antes mesmo do nascimento de Cristo. Ele foi criado para celebrar o início da Primavera e neste festival hindu, a primavera é recebida com música, cores e muita alegria, tudo para simbolizar a vitória do bem (Primavera) contra o mal (Inverno).
Durante a celebração do Holi, os participantes lançam pós coloridos, chamados Gulal que deixam a roupa, o cabelo e o corpo BEM coloridos. Desta forma, em um dia do ano, as diferenças de casta, classe social, origem e até religião dissipam-se entre as cores e a celebração primaveril.
Vale lembrar que tradicionalmente as tintas eram feitas de forma natural, com flores, moídas e dissolvidas, entretanto, agora elas são feitas de maneira química e podem manchar bastante a pele, os cabelos brancos e loiros e a roupa.
Com a Maktub Travel, nós celebramos o Holi Festival na cidade de Jaipur em um templo religioso ao lado do Palácio Real. Os pacotinhos de tinta eram vendidas na rua por 10 rúpias cada e todos os visitantes e locais se misturavam para celebrar.
A explicação mitológica
De acordo com a mitologia indiana, existia um Rei chamado Hiranyakashyap que era muito vaidoso e se auto denominava Deus criador do universo, mas o seu próprio filho Prahlad não o reconhecia como tal e reverenciava um Deus chamado Vishnu.
O rei Hiranyakashyap tinha uma irmã chamada Holika que tinha o poder de não queimar mediante o fogo. Diante da falta de submissão de seu filho Prahlad, o rei pediu para que sua irmão entrasse com ele em um fogueira para que o queimasse no fogo.
Entretanto, no momento em que Prahlad seria queimado, o Deus Vishnu jogou uma capa de proteção ao seu redor e fez com que Holika acabasse queimada e não Prahlad. Assim, surgiu a história do Holi representando a vitória do bem contra o mal.
Por isso, durante o Holi você pode ver fogueiras espalhadas pelas ruas e elas funcionam como um tipo de oferta para que Vishnu cuide de seus demônios interiores e pensamentos ruins.
O que usar no Holi Festival?
Meu conselho é: use roupas que possam sujar! Calças e Camisa velhas ou que você não precisará usar mais (preferivelmente branca pra ficar bem colorida), pois as cores usada no Holi não saem fácil da roupa.
Se preferir, você pode comprar uma túnica branca que vende nas lojinhas de rua. O preço varia de 2 a 6 dólares
Além disso, tente levar uma proteção para o seu celular ou use uma gopro para fazer fotos e vídeos durante a celebração.
Como chegar na Índia?
Para chegar na Índia, eu escolhi o aeroporto de Délhi. Para isso, eu comprei a minha passagem aérea pela Emirates saindo pelo Rio de Janeiro com conexão em Dubai.
Outros viajantes, por exemplo, fizeram conexão na Itália e França. Existem muitas opções de voos saindo do Rio de Janeiro e São Paulo que você pode aproveitar para fazer um stopover.
A viagem de avião durou certa de 14 horas até Dubai e mais 3:15 de Dubai até Délhi. Lembrando que além do tempo voado eu fiz uma conexão em Dubai de cerca de 5:30.
Segura a AmanDICA: eu gosto muito de viajar de Emirates, pois além do conforto eu posso acumular muitas milhas no meu programa de fidelidade no Brasil que é a Smiles. Só nessa viagem, eu acumulei cerca de 5.000 milhas! Quem quiser saber mais o tema pode acompanhar o canal Te Levo de Milhas, um canal 100% focado em milhas, onde eu ensino as pessoas a viajarem mais acumulando e usando as suas milhas!
Vacina Febre Amarela
É muito importante lembrar que todos os viajantes de nacionalidade brasileira, devem-se vacinar contra a Febre Amarela e providenciar seu Certificado Internacional de Vacinação em Anvisa pelo menos 20 dias antes de viajar.
Isso porque você vai precisar levar este certificado no dia da viagem junto com seus documentos importantes, pois esse é um requisito para o embarque e para entrar na Índia.
Se você já tem a vacina e o certificado de Anvisa ótimo. Caso já tenha a vacina, mas ainda não tirou o certificado da Anvisa, é só solicitar o certificado online! Não precisa tomar a vacina novamente.
Meu roteiro de 12 dias
A seguir, eu vou compartilhar um resumo do roteiro de viagem da Maktub Travel pelo norte da Índia. Todos os dias nós seguimos um itinerário acordado antes da nossa chegada e estávamos sempre acompanhados de um motorista e o nosso guia chamado Sonu que falava muito bem portunhol.
Dia 1 (Délhi) | Chegada em Délhi e noite livre. |
Dia 2 (Délhi) | Jama Masjid Raj Ghat (Memorial Mahatma Gandhi) Túmulo de Humayun |
Dia 3 (Agra) | Ida de ônibus para Agra + noite livre para compras |
Dia 4 (Agra) | Taj Mahal Agra Fort Visita a marmoraria Parada em Fatehpur Sikri Ida de ônibus para Jaipur |
Dia 5 (Jaipur) | Observatório Astronômico de Jantar Mantar Palácio Presidencial Palácio dos Ventos |
Dia 6 (Jaipur) | Holi Festival |
Dia 7 (Varanasi) | Voo para Varanasi Cerimônia Aarti |
Dia 8 (Varanasi) | Passeio de barco pelo Rio Ganges Caminhada pelas ruas de Varanasi Sarnath Templo Tailandês |
Dia 9 (Rishikhesh) | Voo para Dehradum Transfer Rishikhesh Visita a ponte Laxman Jhula Noite livre |
Dia 10 (Rishikhesh) | Visita a Haridwar |
Dia 11 (Délhi) | Voo para Délhi Qutub Minar Lotus Temple |
Dia 12 | Ida para o aeroporto |
Cidades visitadas
Délhi
Localizada no norte da Índia e com 1484 km², Délhi é a capital política do país e foi o local por onde iniciei a minha viagem. O trânsito por lá é bem agitado e descobri que Nova Délhi não é o nome correto da cidade e sim Délhi. Isso porque hoje o estado é formado pelas 8 cidades antigas (Qila Raí Pitora, Siri, Tuglakabad, Dinepanah, Firozaba, Purana Qila, Shahjahanabad e Nova Délhi), sendo Nova Délhi a última delas, criada pelos ingleses em 1931.
Jaipur
Jaipur a “Cidade da Vitória”. Com seus fortes e fortalezas da época das dinastias de marajás, Jaipur mantém a memória viva da tradição Mughal na Índia. Um prato cheio para compras de artigos típicos, pelos preços e imensa variedade de produtos. Jaipur é indicada para comprar pedras preciosas e semipreciosas, tecidos, jóias e bijuterias, prataria e artesanato.
Fatehpur Sikri
Fatehpur Sikri é conhecida como a cidade abandonada do Imperador Akbar e foi inteiramente construída em arenito vermelho e cortada por canais que antigamente abasteciam a cidadela com água fresca. Pouco tempo depois de sua construção, o local foi abandonado, mas sua memória e construções permanecem intactos e perfeitamente preservados.
Agra
Fundada entre 1501 e 1504 por Sikandar Lodi, que fez dela a sua capital, Agra é a famosa cidade que abriga o Taj Mahal e o Agra Fort, duas construções emblemáticas da Índia.
Varanasi
Faço destaque na cidade de Varanasi pois é uma cidade muito intensa. Pessoalmente, é uma das cidades que mais gosto da Índia pela sua riqueza cultural, espiritual e religiosa, mas também foi a cidade onde senti esse choque cultural que não tinha sentido em outras cidades da Índia.
A vida em Varanasi gira em torno ao Rio Ganges (o rio sagrado da Índia), durante o tempo que passei por lá foi possível ver pessoas tomando banho no rio, funerais acontecendo, pessoas carregando corpos na rua para ser cremados e até mesmo presenciar de longe os crematórios.
É muito importante se preparar mental e espiritualmente para essa visita, pois apesar desse choque cultural conhecer Varanasi faz parte de conhecer a verdadeira Índia. É difícil de digerir e até compreender, mas é simplesmente fascinante.
Importante: entrar nos crematórios não é obrigatório e só é autorizado para homens. Durante a visita eu tive a oportunidade, mas recomendo que entrem só as pessoas que se sintam preparadas.
Rishikesh
Rishikesh é a capital mundo do Yoga e uma cidade super espiritual. A cidade fica muito perto dos Himalayas e é dividida por uma versão do Rio Ganges ainda limpo e translúcido. A cidade ficou famosa pela visita dos Beatles no final dos anos 60, mas ela é considerada sagrada há milênios e sua origem está ligada aos primórdios da religião hinduísta.
Visto para Índia
A primeira coisa que você precisa saber é que a solicitação do visto indiano (E-visa) só pode ser feita 30 dias antes da sua chegada a Índia e totalmente online.
A solicitação do visto é bastante simples, pois a Índia conta com um sistema online para solicitá-lo. Um diferencial da Maktub Travel é que eles dão toda a assistência para a solicitação do visto, preenchendo o formulário de registo e solicitação do visto indiano diretamente na plataforma online do Governo da Índia. Isso foi muito importante pra mim!
O custo do visto para duas entradas na Índia foi de 30 dólares e a seguir vou compartilhar o passo a passo que fizemos para realizar a solicitação:
Passo 1: Baixei o formulário de solicitação do visto índia enviado pela Maktub. Preenchi o formulário e enviei de volta por e-mail, com 1 Foto de rosto nítida, com fundo branco em formato JPG (pode ser com o celular) e a imagem do passaporte aberto nas páginas da foto e dados pessoais em formato PDF.
Passo 2: A Maktub Travel iniciou a solicitação do visto na plataforma online.
Passo 3: Após a solicitação do meu visto, a Maktub me enviou por e-mail o link seguro para o pagamento da taxa de 30 dólares e assim que fiz o pagamento enviei para eles o comprovante.
Passo 5: pronto! Em alguns dias eu já estava com o meu visto na mão! Foi super simples!
Vale lembrar que o visto costuma ser concedido em 7 dias e a aprovação do mesmo depende completamente do Governo da Índia. Para fazer a solicitação por conta própria é só acessar o site oficial e seguir as instruções.
Solicitando o visto no aeroporto
Passo 1: Antes de chegar a Índia, o pessoal da companhia aérea entregará para todos os viajantes o formulário de entrada a Índia que deve ser preenchido antes de passar pela imigração. Recomendo que você preencha durante o voo pra facilitar o processo migratório.
Caso a companhia aérea não entregue o formulário, poderá pegar um diretamente no aeroporto perto dos balcões da imigração. Apenas lembre de pegar o formulário antes de fazer a fila!
Passo a passo para preencher
1. Name: Colocar o nome exatamente como está no passaporte, deixando um espaço em branco entre cada nome.
2. Date of Birth: Data de Nascimento (Dia / Mês / Ano)
3. Passport Number: Numero de Passaporte
4. Flight Number: Numero de Voo
5. Date of Arrival: Dia de Chegada (Dia /Mês /Ano)
6. Countries visited in last 6 days: Países visitados nos últimos 6 dias
7. Address in India: The Leela Ambience Convention Hotel, CBD Maharaj Surajmal Road, Delhi.
8. Telephone Number: Número de telefone
9. Signature of Passenger: Assinatura do Viajante
Passo 2: na hora de descer do avião, caminhe em direção a saída (mesmo caminho que a maioria das pessoas do voo vão fazer), mas antes de sair do aeroporto, você vai ver a fila da imigração e de entrada a Índia.
Passo 3: Uma vez na imigração deve buscar os balcões e-Visa (são os últimos) deve apresentar sua ETA impressa, seu passaporte e o formulário de entrada a Índia. Neste momento, pode ser solicitado o Certificado Internacional de Vacinação emitido pela Anvisa. O Agente da imigração irá tirar uma foto sua e captará a impressão digital de seus dedos. Depois é só receber o carimbo no seu passaporte e BEM VINDOS A INDIA!
Alimentação na Índia
A alimentação é uma parte importante de qualquer viagem e fundamental na Índia, já que é um país riquíssimo em especiais e sabores exóticos. Eu, particularmente, não curto muito pimenta, logo me aventurar pela comida indiana também foi parte importante da experiência minha viagem para Índia.
Vale lembrar que o roteiro da Maktub Travel não inclui almoço e jantar, apenas o café da manhã. Isso me deu certa flexibilidade nas alimentação. E o meu guia sempre estava lá pronto para fazer sugestões de lugares para comer desde o fast food até a alta gastronomia asiática.
ATENÇÃO! Tenha em mente que você não encontrará carne bovina nos restaurantes da Índia, mas terá vastas opções de outros tipos de carnes como frango, carne de cordeiro e peixes.
Aos vegetarianos, a experiência gastronômica é incrível. Com uma população de aproximadamente 50% de vegetarianos, os que não comem carne na Índia encontraram um verdadeiro paraíso.
Comida internacional
No geral, os hotéis das cidades onde ficamos hospedados tinham um cardápio mais internacional com pratos variados. Os preços giram em torno de 600 rúpias o prato mais taxas e apesar de serem mais caros, eu comi muito bem nos hotéis na Índia.
Vale lembrar que as taxas da conta nos restaurantes são diferentes do Brasil. Você paga 7% de gorjeta para o garçom e as taxas aplicadas em pratos e bebidas são diferenciadas, sendo os impostos das bebidas bem maior. Ou seja, eu fiz uma conta e no final, você paga cerca de 30% a mais de taxas.
Temperos na Índia
Tudo é picante na Índia? Bom, a maioria da comida que se consegue em restaurantes típicos é bastante picante. Nos restaurantes turísticos, é possível conseguir comida não tão picante e é possível solicitar que a comida não seja picante (mas sempre arde um pouco).
Vale lembrar que na comida indiana eles usam bastante o Masala que é uma mistura de muitos temperos como pimenta do reino, canela, cravo, cominho, coentro, anis, pimenta calabresa, cardamomo, noz-moscada e até gengibre. Ou seja, para quem não está acostumada com temperos pode ser parecer muito forte e até mesmo picante.
Vale lembrar que até nos hotéis vale reforçar que você não gosta de pimenta, principalmente, a pimenta do reino que está em quase todos os pratos, isso porque pimenta para eles é como sal está em todas as refeições.
Comidas e bebidas para provar na Índia
Durante a viagem, eu fiquei de olho nos pratos que o pessoal mais pedia pra provar e a seguir eu fiz uma listinha dos quitutes mais populares:
- Naan – um tipo de pão maravilhoso que eles comem em quase todas as refeições. Ele pode ser ou não recheado, mas confesso que o meu favorito é o de queijo e o de alho.
- Dal – essa é famosa sopa de lentilha que é muito popular, principalmente, entre os vegetarianos.
- Butter Chicken – esse foi o prato que eu mais vi durante a viagem, é um frango marinado com iogurte e especiarias cozidas em molho de manteiga. Esse prato pode ser feito com molho de tomate e vi também com molho branco.
- Frango Tandoori – esse é um frango marinado em iogurte, assado em um tandoor (um forno de barro cilíndrico).
- Thali – é um tipo de prato redondo que é usado para servir refeições bem indianas sempre acompanhados de arroz, pão e uns 6 molhos/ chutney.
- Palak Paneer – é um prato vegetariano com purê de espinafre e queijo.
- Lassi – é uma bebida a base de iogurte, especiarias e as vezes fruta. O lassi tinha em quase todos os cafés da manhã, vale a pena provar.
- Masala Chai – não tem como falar da Índia, sem falar do Masala Chai que é basicamente um chá preto, com especiarias e até leite.
Ou seja, não perca a oportunidade de experimentar a comida indiana, é parte de viajar!
Dicas sobre a água
Durante sua viagem pela Índia, é importante beber água engarrafada. A água nos hotéis na Índia é considerada 100% potável, no entanto, é preferível para consumo pessoal NUNCA beber água diretamente da torneira. Para tomar banho e escovar os dentes, você pode usar a água da torneira sem problemas!
É muito importante comprar água apenas em locais recomendados pelo guia turístico ou em supermercados / lojas reconhecidas / hotel.
É muito importante verificar se a garrafa está fechada adequadamente e se a água dentro dela parece limpa (transparente sem partículas), principalmente na cidade de Agra. Isso porque alguns vendedores ambulantes reutilizam as garrafas usadas para vender água, pelo qual recomendamos ter especial cuidado nesta cidade.
Onde se hospedar na Índia?
Se para você a hospedagem é parte importante da sua viagem, eu sugiro que você dê uma conferida nos hotéis que eu fiquei. Isso porque na Índia o tema “hotel” é um pouco delicado. Vale lembrar que os preços dos grandes hotéis são bem em conta e super confiáveis para quem busca conforto.
Eu fiquei bem impressionada com os lugares que eu fiquei, principalmente, pelo fato do pacote da Maktub Travel ser low cost.
Délhi: The Leela Hotel e Ibis Hotel.
Agra: Jaypee Palace Hotel & Convention Centre
Jaipur: Radisson Blu Jaipur
Varanasi: Hotel Madin
Rishikesh: Divine Resort & Spa
Quando ir para Índia?
Se você pensa em viajar para a Índia, vale muito a pena prestar atenção nas informações a seguir. Eu tentei fazer um resumo das temperaturas médias do país com as informações eu pesquisei e com as dicas da Maktub Travel.
Lembrando que essas temperaturas são baseadas em médias históricas dos últimos anos e como o clima na Índia é tropical, as variações climáticas são bem comuns.
Eu, por exemplo, viajei em Março que é um ótimo mês para viajar a Índia, pois a temperatura é bastante estável, faz calor durante o dia, mas não tanto como no verão. Sem falar que as noites eram super frescas e eu usei até um casaquinho em Rishikesh.
É importante ter em mente que o clima da Índia é bastante húmido, por isso as temperaturas podem parecer um pouco mais altas do que realmente está marcando nos termômetros.
Temperaturas médias
Delhi – Máximas: 30°C | Mínimas: 16 °C
Jaipur – Máximas: 32°C | Mínimas: 16°C
Agra – Máximas: 32°C | Mínimas: 15°C
Varanasi – Máximas: 34°C | Mínimas: 17°C
Rishikesh – Máximas: 29°C | Mínimas: 15°C
Moeda e Câmbio na Índia
Como eu falei anteriormente, a Rúpia indiana é a moeda oficial da Índia. E, para essa viagem eu levei dólares em espécie e meu cartão de crédito internacional. Se você tiver euros em casa também pode levar, dólares e euros são bastante aceitos por lá.
Para realizar compras na Índia o recomendado é usar a moeda local, isso porque você sempre vai obter melhores preços! Leia mais sobre compras na Índia.
É possível trocar dólar / euro por rúpias nas casas de câmbio que há em todas as cidades. Inclusive, durante a viagem meu guia foi me dando orientações durante o percurso sobre os melhores lugares para trocar os dólares.
O melhor é sempre pedir ajuda ao guia para trocar o dinheiro, geralmente o guia recolhe o dinheiro do grupo para tentar conseguir o melhor cambio possível. E recomendo trocar seus dólares de uma vez só, pois é mais fácil negociar uma cotação mais vantajosa!
Vale lembrar que não é recomendável trocar no rúpias no aeroporto, pois o câmbio não é vantajoso. Mas quem quiser trocar pelo menos uns 25 dólares na chegada para ter algumas rúpias pode. Eu resolvi não trocar rúpias pois no primeiro dia, eu já consegui trocar dinheiro com o meu guia.
Em março de 2020, 1 dólar era equivalente a 71 rupias. Além das casas de câmbio, existem muitos caixas eletrônicos ATM que aceitam VISA e MASTERCARD, porém, às vezes estão limitados às grandes cidades.
Para compras internacionais, as principais bandeiras de cartão são aceitas na maioria das lojas, mas eles podem lhe cobrar uma taxa de 2 a 4% para utilizar as mesmas.
Traga notas novas!
Lembrando que o recomendável é levar dólares impressos a partir do ano 2009 (as notas são as que tem a fita azul), pois os bilhetes de dólar mais antigos geralmente não são aceitos nas casas de câmbio. Quanto mais novos os dólares, mais fácil de trocar e melhor será o câmbio.
Notas de 2000 a 2008 são aceitas em algumas casas de câmbio e a taxa de câmbio é um pouco inferior (umas 5 rupias menos por dólar). Já notas inferiores ao ano 2000 são bastante difíceis de trocar.
Preços e quanto levar para Índia?
Algumas pessoas me perguntaram sobre quanto dinheiro eu recomendo levar para a viagem. Como sei que também pode ser a dúvida de outros viajantes vou deixar aqui algumas sugestões.
Primeiramente, quanto dinheiro devem levar é uma decisão muito pessoal, pois depende de muitos fatores pessoais. Cada viajante é diferente, portanto, suas necessidades variam muito.
Considere seus hábitos pessoais no que se refere a bebidas, compras e luxos. Você vai encontrar muitos produtos com bons preços e pode trazer muitas lembranças e presentes sem gastar muito, mas tenha em mente que a Índia oferece artigos finos e de altíssima qualidade como tapeçarias, mármores, sedas puríssimas, joias e pedrarias.
Se você pretende aproveitar para trazer algo especial, considere isso no seu orçamento antes. No geral, recomendo separar por dia um valor de 30 dólares para almoço, jantar e pequenas despesas pessoais.
O gasto diário pode ser inferior ou superior dependendo de seus hábitos. A seguir, deixei alguns valores para vocês terem uma noção de preço (valores aproximados da viagem de março 2020):
- Almoço em restaurante turístico local: 700 rúpias
- Jantar no Hotel (internacional): 1.100 rúpias
- Água fora do hotel: 30 rúpias
- Água no Hotel: 80 rúpias
- Refrigerante fora do hotel: 50 rúpias
- Refrigerante dentro do hotel: 150 rúpias
- Imã de geladeira: 50 rúpias (pechinchando)
- Calças indianas: entre 150 / 400 rúpias (pechinchando)
- Bolsas indianas: entre 250 / 300 rúpias (pechinchando)
- Sáris de seda: a partir de 3.500 rúpias
- Peças de mármore mais simples: a partir de 1.450 rúpias
Lembrando que durante toda a viagem eu perguntava pro meu guia valores de referência dos produtos locais que eu desejava comprar. E quando eu queria muito pedia até mesmo para ele pechinchar pra mim!
Compras na Índia
Como em todo país turístico, fazer compras na Índia pode ser um desafio. Desde saber se estamos pagando um valor justo até o desespero dos vendedores para vender.
Na Índia, existe toda uma arte de pechinchar e, sem dúvida, essa é uma boa forma de conhecer a cultura do país. Até porque tudo se pechincha nos locais comerciais, menos a comida!
Dicas para pechinchar
Pode ser muito surpreendente para os viajantes que depois de pechinchar você consiga pagar até 50% menos do valor indicado inicialmente. Pra te ajudar a pechinchar lá vai a AmanDICA mais importante: a melhor técnica para comprar é NÃO falar o valor que se quer pagar, é deixar ao vendedor ir falando valores (enquanto o fazemos baixar o preço).
Pechinchar usualmente leva tempo que o viajante precisa para continuar comprando, por isso, para acelerar o processo basta com falar educadamente “não, obrigada…” e ir embora. Nesse momento, geralmente, o vendedor vai detrás de você para lhe dar melhor preço.
Mas quando parar? Quando fazendo o cálculo do valor do artigo a comprar se aproxime ao valor justo em real.
ATENÇÃO: no geral, você consegue pechinchar mais com os vendedores ambulantes do que nas lojas oficiais! Mas tomem cuidado para não ultrapassar os limites do razoável e do respeito na hora de pechinchar. Lembre-se de que a Índia ainda é um país com muita desigualdade social e o que são poucos dólares para nós pode significar muita coisa para eles.
A seguir, separei alguns conselhos para pechinchar:
- É recomendável comprar na moeda local (rúpias) nos mercados locais, pois desta forma é possível conseguir melhores descontos;
- Não compre com cartões de crédito em nenhum mercado turístico. Apenas em lojas oficias;
- É recomendável não comprar com os vendedores ambulantes nos templos;
- Tente pagar sempre com o valor exato ou com notas pequenas;
- Ao momento de buscar o dinheiro não mostre para o vendedor todo o dinheiro que tem na bolsa;
- Lembre-se que os artigos de melhor qualidade sempre tem um valor superior.
O que vestir na Índia?
Na Índia, a vestimenta é mais conservadora que no ocidente. Ao momento de fazer a sua mala, procure incluir roupas mais largas e longas que vão lhe manter o frescor no clima quente e úmido da Índia.
Em países de predominância hinduísta, budista, e muçulmana, o ideal é sempre se vestir com respeito a cultura local e evitar shorts e saias curtas em pequenas cidades, comunidades rurais, templos e locais de importância religiosa.
Como regra geral, ombros e joelhos devem estar sempre cobertos para entrar em locais religiosos. Se você estiver com roupas muito ousadas, pode ser barrado ao tentar entrar em um templo. Um casaco corta vento, um lenço e um chapéu é sempre bom levar na bolsa.
Lembre-se que é muito importante viajar a Índia com roupas e sapatos cômodos. Durante a viagem, não precisei de roupas elegantes e nem de sapatos de salto.
Eu também levei maiôs para tentar aproveitar a piscina dos hotéis. Lembrando que assim como no Egito, eu optei por usar maiôs ao invés do biquíni.
Voos domésticos na Índia: dicas de bagagem
Essa dica é muito importante no momento de se organizar para fazer as malas para uma viagem para Índia. Por experiência, a maioria dos viajantes não usa muito a roupa que leva na mala. Sem contar que na Índia a roupa é super barata e você sempre acaba comprando algumas coisa. Por isso, é melhor não levar tantas roupas se você deseja fazer compras.
Sugiro que você mantenha a sua mala o mais leve possível, uma vez que você também precisará carregá-la em alguns lugares, principalmente nos aeroportos. Como regra geral, na viagem com a Maktub Travel eu não precisei caminhar mais que 5 minutos com malas, mas a maioria dos viajantes leva uma mochila e uma mala de rodinhas de tamanho médio com no máximo 15kg.
Além disso, você irá precisar de uma mochila ou sacola de uso diário para carregar água, câmeras e documentos.
Sem contar que a bagagem nos voos domésticos na Índia deve respeitar a seguinte regra:
- Até 15 Kg na bagagem de porão (bagagem despachada).
- Até 7 Kg na bagagem de mão.
Os valores para o excesso de peso variam de acordo com a cia aérea, mas no geral, ficam em torno de:
- De 1 kg ate 5 kg: 500 Rps – 10 dólares
- A partir de 5 Kg: 500 Rps por Kg
*Valores sujeitos a cambio sem prévio aviso.
Estradas e transporte terrestre na Índia
As estradas da Índia certamente não são aquilo com que estamos acostumados. Nas grandes cidades, por exemplo, ultrapassagens e carros em diversos sentidos e faixas é algo bastante comum.
Na Índia, utiliza-se a mão Inglesa e as buzinas são utilizadas constantemente. Os indianos gostam de brincar que na Índia, os carros andam até sem gasolina, mas não funcionam sem buzina. rs
Em diversas regiões da Índia, alguns trechos podem ser precário, embora o governo esteja investindo altas quantias em melhoria da infra-estrutura, ainda há muito a ser feito.
Além disso, os veículos têm a velocidade monitorada e os transfers entre cidades são feitos somente durante o dia, por isso, muitas vezes demoramos um pouco mais ou precisamos ir de uma cidade para outra bem cedinho.
Agora, seguem algumas informações legais que eu descobri sobre o transporte em Délhi:
- Desde 2002, a cidade de Deli possui o metrô e 2010 houve uma ampliação das linhas. Hoje as linhas transportam mais de 2 milhões de passageiros por dia e antes de 2002, eles só tinham táxis e ônibus. O metrô funciona todos os dias de 6:00 até 23:00;
- Em Délhi, existem cerca de 150 mil rickshaws (tuk tuk) e hoje são todos a gás (antes era a diesel) para controlar a poluição nas cidades indianas;
- Os rickshaws cobram o preço da corrida por pessoa, apesar de ser mais barato que táxi, mas você precisará negociar;
- Os aplicativos Ola e Uber são mais baratos do que táxi e você pode precisar para usar na hora de ir até o metrô, por exemplo;
- O ônibus custa no mínimo 10 rúpias e no máximo 25 rúpias. Já o metrô custa no mínimo 16 rúpias e chega até 60 rúpias, ou seja, os valores variam de acordo com o trecho que será viajado.
Dicas de saúde e Seguro viagem
Recomendamos que você leve um pequeno kit de primeiros socorros com band-aid, remédios para dor de cabeça, garganta, diarréia e outros medicamentos específicos que você costuma utilizar.
Em caso de medicamentos de uso crônico, recomendo que leve a receita médica para que não haja risco de retenção do seu medicamento nos aeroportos. Os medicamentos disponíveis nas farmácias na Índia geralmente são os mesmos que você utiliza no Brasil, porém devido à fabricação, certifique-se de ter o nome genérico do medicamento.
Leve todos os remédios na bagagem preferivelmente numa bolsa de estilo ziploc ou transparente. Lembrando que você pode levar na mala de mão os remédios que precisará durante os voos e/ou os mais importantes.
Seguro Viagem
Sugiro que assim como eu, todo mundo contrate um seguro viagem antes de viajar ao Índia. Eu contratei o meu no site da Seguros Promo e optei pelo seguro viagem da Travel Ace com cobertura
Leia mais: Seguros Promo é confiável? Como funciona? É bom? Vale a pena?
No dia da viagem, leve impresso ou no seu celular o voucher do seguro viagem onde estejam indicados os números de contato da seguradora em caso de emergências.
Vale lembrar que um bom seguro de viagem para a Índia deve ter uma cobertura mínima de 50.000 dólares.
A Gorjeta: uma parte da cultura indiana
Na Índia, a gorjeta é algo muito comum e esperado, demonstra uma expressão de satisfação e agradecimento para com as pessoas que lhe atendem. Se você tem dúvidas do quanto dar de gorjeta, assim como eu, a seguir eu fiz um guia que pode te ajudar:
- Guia local: de USD 5 a USD 7 por dia de serviço;
- Motoristas: de 3 a 5 USD por dia de serviço;
- Garçom: de 7 a 10% da conta;
Embora não seja obrigatório, é algo muito importante para quem presta de serviços na Índia, isso porque os salários na Índia não são os melhores e as pessoas contam com a gorjeta para ganhar um pouco mais no final do mês.
Tomadas na Índia
Na Índia, existem dois tipos de tomadas as tipo C (mesmo estilo que na Europa) e a tomada tipo D (com três furos cilíndricos), ambas tomadas com voltagem de 230v.
Para poder carregar meus eletrônicos (câmeras, celular, notebook, etc), eu levei comigo adaptadores universais e adaptadores de 2 pinos. Eu tive 0 problemas até porque a maioria das tomadas dos hotéis tinham entradas universais.
Como usar internet na Índia?
Wi-fi
O modo mais econômico com certeza é utilizar o wi-fi oferecido nos hotéis. Em todos que estive funcionou super bem no quarto, entretanto, como eu trabalho com a internet e preciso estar sempre conectada essa opção não foi a que eu escolhi.
Chip internacional
Eu saí do Brasil com o chip internacional da América Chip no plano Mundi 4G Ilimitado. Eu fiquei realmente IMPRESSIONADA com a velocidade da conexão e o fato da internet ser 4G ilimitada fez toda a diferença. Sem contar que se você for fazer uma conexão assim como eu, em Dubai ou nas Maldivas e você já chega conectado, o meu chip, por exemplo, funcionou perfeitamente em Dubai.
No site da América chip, o chip para 12 dias custa 70 dólares, mas com o meu cupom de 10% de desconto (PREFIROVIAJAR) o valor do chip cai para 63 dólares. Pra garantir o desconto é só você clicar aqui e fazer a sua cotação.
Chip local
Uma outra opção é você comprar um chip de alguma operadora local. Em algumas lojas de telefonia, eles vendem o chip turístico que custa cerca de 30 dólares com internet e minutos ilimitados na Índia válidos por 30 dias. Além disso, você pode escolher planos mais baratos que oferecem outros planos de internet por cerca de 18 dólares.
Atenção! No aeroporto, há lojas para comprar chip, mas não recomendo comprar o chip nestas lojas, pois por experiencia de muitos viajantes, os chips nunca são ativados.
Minhas impressões sobre a Índia
A Índia é um país muito diferente de qualquer lugar que eu já viajei. Foi uma viagem muito intensa e que me fez refletir muito sobre as diferenças. O choque cultural aconteceu no momento que eu pisei no aeroporto. Estava tudo muito desorganizado e levei cerca de 5 horas para conseguir passar pela imigração e chegar no hotel.
No caminho do hotel, eu já percebi que os indianos possuem uma atitude muito diferente da nossa no que se refere ao trânsito, horários, serviços ou higiene das ruas. Durante a viagem percebi também que luz pode ser um tanto quanto temperamental, no cardápio do restaurante nem tudo está disponível e existe sim um lado de pobreza muito forte que vai tocar o seu coração em vários momentos.
Mas respire fundo e não julgue o livro pela capa. A maior riqueza da Índia é a sua história e a oportunidade que essa viagem te dá de expandir sua perspectiva sobre a vida, costumes e diferentes realidades.
Se você for uma pessoa observadora, como eu, vai ser muita coisa ao longo da viagem. Vai ter a oportunidade de conversar com indianos e aprender muito sobre a realidade deles, desde a sua fé, seus costumes e maneira de ver o mundo.
Quanto custa viajar para Índia?
Uma das perguntas que eu mais recebi lá no Instagram durante a viagem foi: Amandinha, quanto você gastou para viajar para a Índia com a Maktub Travel? A seguir, eu fiz uma listinha com os meus gastos totais para te dar uma noção de valores e o quanto seria necessário para fazer o mesmo pacote que eu fiz por pessoa.
Passagem aérea: R$ 4.500
Pacote de 12 dias em quarto duplo da Maktub: 1.690 dólares
Alimentação: 288 dólares
Compras: 30 dólares
Gorjetas: 100 dólares
TOTAL = 3.179 dólares ou R$ 13.480 (cotação de R$ 4,20)
Vale lembrar que se você estiver viajando sozinha assim como eu, pode falar com a Maktub Travel porque eles podem te ajudar a encontrar alguma outra pessoa que queria dividir o quarto para a viagem sair um pouco mais barata!
Como viajar para Índia com desconto?
Curtiu a minha viagem e também quer viajar pelo norte da Índia? Eu descolei um super desconto de 50 dólares para todos os meus leitores. Basta você entrar em contato com a Maktub Travel e dizer que conheceu a agência aqui pelo blog! 🙂
Estou muito animada para conhecer a India e so agora consegui convencer meu marido Obrigada pelas postagens tudo perfeito e ajudou muito
Que bacana, deve ter sido uma aventura e tanto!