A Chapada dos Veadeiros, em Goiás, é um lugar que você chega e já sente que a energia é diferente. É uma paz com boas vibrações, e você só pensa em aproveitar aquelas paisagens do cerrado. Passei seis dias na Chapada com o Luis. Na Chapada você tem duas estações bem definidas: a da seca e a da chuva. Decidimos ir no final de agosto, ainda na estação de seca, e realmente, não caiu uma gota d’água do céu. Pelo lado bom você não se depara com estradas com muita lama e cachoeiras com trombas d’água. Por outro, encontramos algumas queimadas.
1º dia: A viagem, Brasília e algumas cachoeiras!
Para chegar na Chapada, o aeroporto mais próximo é o de Brasília. Chegamos lá perto das 9h e locamos um carro. Resolvemos conhecer a capital. Visitamos o estádio Mané Garrincha, o Congresso Nacional, a Catedral Metropolitana, a torre de TV, o Eixo Monumental e a Praça dos Três Poderes. E isso dentro de duas horas, mais ou menos.
Logo seguimos em direção à Chapada dos Veadeiros, por 250 km, direto para Alto Paraíso, onde ficamos em na Buddy’s pousada/hostel chamada . Ansiosos que somos, percebemos que ainda havia tempo para conhecer algumas cachoeiras. Por isso decidimos ir para a Cachoeira dos Cristais. Ela fica muito próxima da pousada, na rodovia sentido Cavalcante. Para entrar é preciso pagar uma taxa de R$ 10,00 por pessoa. Lá tem camping, loja, lanchonete, slackline e duas trilhas: uma para a cachoeira da Água Fria e outra que leva a um circuito com várias pequenas quedas até a Cachoeira Véu de Noiva. Pelo tempo, fizemos a segunda, uma trilha de menos de 1km, bem tranquila.
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2º dia: Fazenda São Bento e o famoso Vale da Lua!
Acordamos cedo para conhecer a Fazenda São Bento. É lá que estão as cachoeiras Almécegas I, II e São Bento. Nesta fazenda, que fica em Alto Paraíso, também tem passeio a cavalo, tirolesa, rapel, pousada e até uma igreja.
Fomos apenas para conhecer as cachoeiras. Se você quer visitar apenas a São Bento, é R$ 10,00 por pessoa. Se quiser conhecer as três cachoeiras, a taxa aumenta para R$ 30,00. Cada cachoeira tem seu estacionamento e a estrada para o carro dentro da Fazenda era bem sinalizada. Seguimos para a primeira cachoeira, a Almécegas II, e uma trilha nos leva para a parte de cima dela, mas também é possível descer até o poço.
A próxima é a Cachoeira Almécegas I. As trilhas não são muito longas, mas a da Almécegas I tem algumas subidas que exigem um pouco de esforço. No meio da trilha encontramos a placa que indicava as piscinas, que ficam na parte de cima da queda. Mais a frente, chegamos no mirante que nos dá uma vista perfeita da cachoeira.
Não encontramos a trilha que leva para a base da cachoeira. #chateada. Voltando para a entrada da fazenda, começamos a trilha para a Cachoeira São Bento. Nesta tinha muita gente, e um galera fazendo uns saltos perto da queda. Para os corajosos, fica a dica!
Saindo da Fazenda, na mesma estrada, sentido São Jorge, encontramos a entrada para o famoso Vale da Lua. Famoso porque é o local mais visitado da Chapada. O Rio São Miguel foi esculpindo as pedras e acabou formando um cenário que lembra, e muito, uma superfície lunar.
Na propriedade há uma lanchonete e é cobrada uma taxa de 20,00 R$ por pessoa. No circuito da trilha há piscinas naturais que possuem uma água cristalina. Tomar muito cuidado ao andar nas pedras, podem acontecer acidentes. Dê preferência para o bom e velho tênis.
3º dia: A perfeita e maravilhosa Santa Bárbara, Cachoeira Capivara e uma arara simpática.
Chegou o tão esperado dia de conhecer a Cachoeira Santa Bárbara. A cachoeira fica dentro do Quilombo Kalunga, e para visitar é obrigatório estar com um guia. Acordamos mais cedo, e as 7h já estávamos no carro sentido a cidade de Cavalcante. Até lá foi 1h30min de viagem, mais ou menos. Fomos direto para o centro de atendimento ao turista (CAT). Se contratar um guia no CAT é 80,00 R$ e ele já vai te explicando o caminho a partir dali. Caso contrate no Quilombo fica 70,00 R$. Preferimos contratar ali mesmo, a Catarina (ela foi ótima). Até porque não há placas indicando o caminho do Quilombo. Depois de Cavalcante são mais 30 km de estrada de terra. Chegando lá é preciso pagar uma taxa de 20,00 R$ por pessoa. Depois de disso, há mais um trecho de carro, e aí é a prova de fogo. O carro precisa passar por alguns rios!
Depois disso, temos que deixar o carro em um estacionamento e seguir a pé, em uma trilha plana de 1km. Logo a primeira visão, a Cachoeira Santa Barbarazinha. Ela é apenas uma prévia do que está por vir.
Seguindo em frente conseguimos ver o azul da Cachoeira Santa Bárbara. Sou apaixonada por cachoeiras, e, até agora, ela é minha preferida. Tem uma água cristalina, uma piscina natural maravilhosa, uma queda d’água linda e o azul turquesa dela é inacreditável.
No quilombo também conhecemos a Cachoeira Capivara. Ela é grandiosa, com muita água e forma um poço bem fundo. Ali conseguimos avistar também um cânion.
A Catarina ainda nos levou para conhecer um local que algumas araras passam o dia. Uma destas araras não voa, e por isso vive lá, e ela é muito simpática. Quem cuida delas, com muito carinho, é uma comerciante local.
4º dia: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e uma trilha longa sem protetor solar!
Saímos de Alto Paraíso sentido São Jorge para conhecer as trilhas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Há três trilhas para fazer no parque. Escolhemos fazer a trilha dos cânions e carioquinhas. Para entrar no parque não é preciso pagar taxa e a trilha é bem sinalizada. No início da trilha, de 10,5 km, percebi que esqueci o protetor solar. Estava prevendo alguns sofrimentos :(. Primeira parada: Um dos cânions, pois o outro estava fechado para visitação. Segunda parada: Cachoeira Carioquinhas. Na volta para Alto Paraíso conhecemos o Jardim de Maytrea, que, para alguns, é considerado um local místico, um portal.
De noite resolvemos conhecer a gastronomia de Alto Paraíso, e descobrimos que muitos restaurantes, lanchonetes e cafés oferecem comida vegetariana e vegana. Como nunca tínhamos experimentado comida vegetariana, tivemos que provar.
5º dia: Cachoeira Poço Encantado, tranquilidade, SUP e matula!
Resolvemos fazer um roteiro mais tranquilo, pois a trilha do dia anterior foi mais pesada. Para descansar, passamos a manhã na Cachoeira Poço Encantado. Para chegar, é preciso pegar a estrada sentido Cavalcante. Para entrar, é cobrada uma taxa de 20,00 R$ por pessoa. Lá também é possível fazer stand up paddle.
Depois, no almoço, precisávamos experimentar a matula, prato típico da Chapada, servido do Rancho do Valdomiro. Só de carne são quatro variedades! Fechamos o dia voltando para a Cachoeira dos Cristais.
6º dia: Fazenda Loquinhas e o nosso até logo para a Chapada dos Veadeiros.
Chegou o último dia na Chapada. Nossa previsão de sair de Alto Paraíso e voltar para Brasília era 13h. Para nossa manhã, fomos para a Fazenda Loquinhas. Da nossa pousada até lá era apenas 4km. Para entrar no local é cobrada uma taxa de R$ 15,00 por pessoa. No percurso muitos poços para entrar e apreciar. A trilha de pouco mais de 1km é toda em madeira suspensa. Há três trilhas no local. Fizemos a trilha loquinhas e parte da trilha violeta. Além disso, muito macaquinhos no caminho.
Nosso até logo fica porque ainda vamos voltar para a Chapada. Se for para visitar tudo é preciso ficar um mês. Ficou a vontade de conhecer a Cataratas dos Couros, Vale dos Macaquinhos, Cachoeira do Segredo e a trilha que leva para conhecer o Mirante da Janela e a Cachoeira do Abismo.
Ótimo post! Adorei!
Olá, gostaria de saber o nome da pousada que vc ficou..
Grata,
Jaqueline.
Olá Jaqueline! A Aline ficou na Buddy hostel e pousada! Se preferir, você pode fazer uma cotação diretamente no site do Booking é só clicar no link http://goo.gl/0WZ8en !!! 😀